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1.
Saúde debate ; 47(137): 31-41, abr.-jun. 2023.
Artigo em Português | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1450470

RESUMO

RESUMO A Atenção Primária à Saúde constitui o eixo regulador do cuidado no Sistema Único de Saúde. A sua compreensão é condição para que as ações sejam resolutivas. Este artigo propõe refletir sobre a compreensão da Atenção Primária à Saúde entre gestores, profissionais, usuários e as implicações das iniquidades em saúde vivenciadas pela população negra no contexto da Covid-19. Realizou-se pesquisa qualitativa em três municípios que foram entrevistadas 58 pessoas. A análise mostrou a incompreensão da Atenção Primária à Saúde. Gestores e profissionais a associam apenas a ações de prevenção de doenças e disponibilização de serviços. Os usuários associam ao acesso a serviços, e relacionam a má qualidade da assistência ao pertencimento racial e de classe. A incompreensão da Atenção Primária à Saúde pelos atores envolvidos na sua operacionalidade compromete a assistência da população negra com relação à Covid-19, bem como em outras demandas.


ABSTRACT Primary Health Care is the regulatory axis of care in the Unified Health System. Its understanding is a condition for resolute actions. This article aims to reflect the understanding of Primary Health Care among managers, professionals, and users, as well as the implications of health inequities experienced by the black population in the context of COVID-19. Qualitative research was carried out in three municipalities, in which 58 people were interviewed. The analysis showed the lack of understanding of the Primary Health Care. Managers and professionals only associate it with disease prevention actions and provision of services. Users associate access to services and report the poor quality of care to racial and class belonging. The misunderstanding of Primary Health Care by the actors involved in its operation compromises the assistance of the black population regarding COVID-19, as well as other demands.

2.
Saúde Soc ; 31(4): e210969pt, 2022.
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-1410123

RESUMO

Resumo Este artigo analisa como a Política Nacional de Saúde Integral da População Negra (PNSIPN) tem sido implementada na atenção à saúde em três municípios do Estado da Bahia, Brasil. Trata-se de um estudo qualitativo que faz parte da primeira etapa de uma pesquisa-ação, na qual foram realizadas entrevistas semiestruturadas com 27 profissionais de unidades de Saúde da Família, Atenção Básica e Sede do Distrito Sanitário. Após análise de conteúdo, emergiram quatro categorias: Atenção Primária à Saúde (APS); Saúde da População Negra; Atenção à saúde na diversidade; e PNSIPN. Como resultado, os profissionais apresentaram entendimento superficial sobre a APS, apesar de a reconhecerem como porta de entrada. A relevância de uma atenção à saúde específica para a população negra foi desconsiderada, sob o argumento de que todos são iguais. A diversidade racial não foi reconhecida dentro do cotidiano, sendo o termo atrelado à diversidade LGBTQIA+ e aos ciclos de vida. O dado comum nos municípios foi o desconhecimento da PNSIPN e dos meios práticos para inseri-la no cotidiano do trabalho. A ausência da política para essa população no processo de planejamento e trabalho dos serviços revela a urgência da educação permanente em saúde para a apropriação do princípio de equidade pelas gestoras e profissionais.


Abstract This study analyzes how the National Policy on Comprehensive Health of the Black Population (PNSIPN) has been implemented in three municipalities in the state of Bahia, Brazil. This qualitative study is part of an ongoing action research, in which semi-structured interviews were performed with 27 professionals from family health, primary health care, and health district headquarters. Content analysis presented four categories: primary health care (PHC); Black health; health care in diversity; and PNSIPN. Health professionals showed a superficial understanding of PHC, despite recognizing it as a gateway. A specific health care for the Black population was considered irrelevant, on the grounds that everyone is equal. Diversity was linked to the LGBTQIA+ population and life cycles, but not to ethnicity or skin color. All municipalities lacked knowledge about the PNSIPN and the practical means to implement it in their daily work. Its absence in the services' planning and work processes shows an urgent need for permanent education in health so that managers and professional can appropriate the principle of equity.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Atenção Primária à Saúde , Política Pública , Equidade em Saúde , Saúde das Minorias Étnicas , Política de Saúde , Pesquisa Qualitativa
3.
Rev. nutr ; 26(5): 497-508, set.-out. 2013.
Artigo em Português | LILACS | ID: lil-696113

RESUMO

OBJETIVO: Estimar a existência de fatores de risco associados aos transtornos alimentares em escolares da cidade de Salvador, Bahia, por meio da dimensão étnico-racial como fator de heterogeneidade. MÉTODOS: Os participantes da pesquisa são escolares do sexo feminino, na faixa etária entre 15 e 30 anos, residentes na cidade de Salvador, no Estado da Bahia. Foram investigadas 626 estudantes, selecionadas em instituições públicas e privadas de ensino médio e universitário. Utilizaram-se o Eating Atittude Test-26, o Body Shape Questionnaire e o Beck Depression Inventory como instrumentos de identificação de risco para os transtornos alimentares. A classificação étnico-racial se deu por autodeclaração, de acordo com as categorias do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Foram realizadas análises descritivas, bivariadas (χ2 de Pearson) e regressão logística multivariada para análise dos dados. RESULTADOS: As estudantes que se identificaram como amarelas ou indígenas têm 3,6 vezes mais chances de desenvolverem comportamentos alimentares desordenados e 4,8 vezes mais possibilidade de estarem insatisfeitas com sua imagem corporal. As pardas apresentam 2,5 vezes mais risco para essa insatisfação. A depressão é uma comorbidade que deve ser considerada, apesar de não estar associada significativamente à raça/cor. CONCLUSÃO: As mulheres não brancas em Salvador apresentam risco de desenvolver transtornos alimentares. Outros estudos que combinam métodos quantitativos e qualitativos podem permitir uma análise mais robusta quanto à relação entre transtornos alimentares e raça/cor e etnia...


OBJECTIVE: This study estimated the existence of risk factors associated with eating disorders in students from Salvador, Bahia, Brazil, using ethnicity/race as a factor of heterogeneity. METHODS: The study subjects were 626 female students aged 15 to 30 years attending public and private high schools and universities in Salvador, Bahia. The instruments Eating Attitudes Test-26, Body Shape Questionnaire, and Beck Depression Inventory were used for screening the students for risk of eating disorders. The students reported their ethnicity/race using the list provided by the Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. The statistical treatment included descriptive and bivariate analysis (Pearson χ2) and multivariate logistic regression. RESULTS: Students self-identified as Asian or Native Brazilian were 3.6 times more likely to have disordered eating behaviors and 4.8 times more likely to be dissatisfied with their bodies than those self-identified as Caucasians. Students self-identified as biracial (European/African Brazilian) were 2.5 more likely to present that same dissatisfaction than those self-identified as Caucasians. The comorbidity 'depression' should be considered but was not significantly associated with race. CONCLUSION: Non-Caucasian females in Salvador, Bahia, Brazil are at risk of developing eating disorders. Other studies associating quantitative and qualitative methods would allow more robust analyses on the relationship between eating disorders and race/ethnicity...


Assuntos
Humanos , Feminino , Adolescente , Adulto Jovem , Comportamento Alimentar/etnologia , Transtornos da Alimentação e da Ingestão de Alimentos , Imagem Corporal , Saúde das Minorias Étnicas
4.
Interface comun. saúde educ ; 17(44): 145-157, jan.-mar. 2013.
Artigo em Português | LILACS | ID: lil-674333

RESUMO

Propomos examinar o fenômeno das identidades somáticas, entendidas como novas formas de percepção e novas relações socialmente estabelecidas com o corpo, com o comer e a comida, incluindo modos alterados de alimentar-se que não se configuram necessariamente enquanto patologias. Utilizamos uma perspectiva teórica fenomenológica e interpretativa, valendo-nos do conceito de corporeidade, desenvolvido por Thomas Csordas, construído a partir dos conceitos de percepção corporal de Merleau-Ponty e do corpo socialmente informado, advindo do conceito de habitus de Bourdieu. Centramos a análise em narrativas de mulheres que elaboram suas trajetórias a partir de pontos de virada corporal, buscando elucidar dinâmicas socioculturais e afetivas corporeificadas, significadas a partir de pertencimentos étnicos, de classe social e gênero. Discutimos os paroxismos da individualização moderna, onde, por intermédio das compulsões alimentares, o corpo individual toma a si a enorme tarefa de expressar, significar e reverter os males do grupo.


We proposed to examine the phenomenon of somatic identities, understood as new modes of perception and new socially established relationships with the body, and with food and eating, including abnormal ways of eating that do not necessarily constitute pathological conditions. We followed a phenomenological and interpretative theoretical perspective, making use of the corporeity concept that was developed by Thomas Csordas based on MerleauPonty's body perception concepts, and on the socially informed body originating in Bourdieu's habitus concept. We focused our analysis on the narratives of women who drew up their paths according to corporal turning points, thereby aiming to elucidate corporified sociocultural and affective dynamics, interpreted in relation to ethnic identity, social class and gender. We discuss the paroxysms of modern individualization, in which, through eating compulsions, the individual body takes upon itself the huge task of expressing, giving meaning to and reversing the group's ills.


Examinamos el fenómeno de las identidades somáticas comprendidas como nuevas formas de percepción y relaciones socialmente establecidas con el cuerpo, incluso modos alterados de alimentarse, no necesariamente patológicos. Utilizamos una perspectiva teórica fenomenológica e interpretativa centrada en el concepto de corporeidad desarrollado por Thomas Csordas, basado en los conceptos de percepción corporal de Merleau-Ponty y de cuerpo socialmente informado, del concepto de habitus en Bourdieu. Centramos el análisis en narrativas de mujeres que elaboran sus historias de vida a partir de puntos de viraje corporal, que indican dinámicas socioculturales y afectivas corporificadas; significadas a partir de cuestiones étnicas, de clase social y género. Discutimos los paroxismos de la individualización moderna donde, por medio de las compulsiones alimentarias, los cuerpos individuales expresan, significan y revierten los males del grupo.

5.
Psicol. soc. (Online) ; 25(1): 220-229, 2013.
Artigo em Português | LILACS | ID: lil-674448

RESUMO

A internet se apresenta como um novo espaço de reconfiguração das relações sociais, por isso jovens com transtornos alimentares vêm utilizando-a como forma de expressão, através das comunidades pró-anorexia e bulimia. Este artigo visa compreender a diferença entre o discurso hegemônico e a crença destas jovens, a partir das teorias antropológicas sobre a influência da cultura na saúde e na doença, da teoria da bioascese e das teorias feministas. Usando a interpretação de sentidos, percebe-se que os transtornos alimentares são considerados estilos de vida, nos quais se busca fugir ao sofrimento através do controle dos corpos e dos desejos. Há uma trama entre controle, poder e dominação, no qual as jovens pleiteiam autonomia e independência, a sociedade define e normatiza seus corpos, e dessa forma, impõem uma dominação, e os profissionais, baseados nos discursos da saúde, intentam ensiná-las como controlá-los, exercendo, de certa forma, um poder sobre o outro.


The internet is a new space of reconfiguration of the social relationship therefore young people with eating disorders have been using the net as a way of expressing themselves, through the pro-anorexia and bulimia communities. This paper attempt to understand the difference between hegemonic approaches and the belief of these young people, from anthropological theories about the health and the disease, the bioascese and feminist theories. Using the interpretation of meanings it's noticed that the eating disorders are considered lifestyles whereby we seek to escape the suffering through the control of bodies and desires. There is a plot between control, power and domination, in which young people plead for autonomy and independence, the society defines and regulates their bodies, and thus impose a domination, and the professionals having the health discourses as bases, intend to teach them how to control their bodies, exerting somewhat a power over the other.


Assuntos
Humanos , Feminino , Transtornos da Alimentação e da Ingestão de Alimentos , Internet , Rede Social , Estilo de Vida
6.
Rev. bras. saúde matern. infant ; 5(4): 439-448, out.-dez. 2005. tab
Artigo em Português | LILACS, BVSAM | ID: lil-428220

RESUMO

OBJETIVOS: descrever a prevalência, modalidades e duração do aleitamento materno e os fatores de proteção da amamentação exclusiva. MÉTODOS: amostra probabilística de 602 crianças menores de 18 meses, extraída de um banco de dados de 2075 crianças menores cinco anos, estudadas em seus domicílios de 20 municípios do estado de Pernambuco; estudo caso-controle de 24 crianças que usaram exclusivamente o leite materno até quatro meses de idade, comparadas com 72 controles totalmente desmamadas antes de dois meses de vida; análise de regressão logística para fatores de proteção ao aleitamento materno exclusivo (AME). RESULTADOS: apenas 24 crianças (10,75 por cento) utilizaram o AME até quatro meses, prevalência que declinou para 3,87 por cento aos seis meses. Nas análises bivariadas, apareceram como fatores de proteção: escolaridade da mãe, renda, início precoce (primeiro trimestre) e número de consultas pré-natais, parto cirúrgico, atendimento médico no parto e utilização de serviços privados de saúde. No modelo final permaneceram significativas: a renda, o início do pré-natal e a proximidade dos serviços de saúde. CONCLUSÕES: a duração do AME foi bem menor que os resultados de outros estudos. As mães que amamentaram seus filhos por períodos mais prolongados se distinguem pela renda mais elevada, início do pré-natal e distância dos serviços de saúde.


Assuntos
Lactente , Humanos , Aleitamento Materno , Prevalência , Fatores Socioeconômicos , Nutrição do Lactente
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